terça-feira, 21 de agosto de 2012

Novo selo Procel atesta imóvel eficiente



Conhecido entre os consumidores para a avaliação do nível de eficiência energética de eletrodomésticos, o selo Procel, do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, também virou quesito para compra ou locação de imóveis.
O subprograma Procel Edifica prevê, desde novembro de 2010, a etiquetagem de prédios residenciais, incentivando as construtoras a buscarem um uso mais racional da eletricidade e alertando os consumidores sobre as opções mais econômicas.
— Nas novas edificações, com tecnologias mais eficientes elaboradas no projeto, a economia no consumo pode superar 50%. Em edificações adaptadas, ela chega a 30% — explica a chefe da Divisão de Eficiência Energética em Edificações da Eletrobras, Maria Tereza Marques.
Além da certificação, a vertente do programa investe na capacitação de profissionais, na parceria com universidades e na pesquisa de tecnologias eficientes quanto ao uso da energia.
O selo classifica os imóveis de A à E, num nível decrescente de eficiência. Cada edificação pode receber mais de uma etiqueta, com a avaliação do projeto, do edifício construído, de cada unidade e das áreas comuns. Para obter o selo, o proprietário do edifício deve procurar um organismo de inspeção acreditado pelo Inmetro, que irá fazer a análise.
A etiquetagem ainda não é obrigatória. Ao todo, ela já foi distribuída para 80 edifícios, sendo 54 construções residenciais. Ainda não há prédios certificados no Rio.
Em São Paulo, a Tecnisa é a pioneira no uso do selo, e aprova a iniciativa. A partir de mudanças no projeto inicial do Flex Guarulhos, com um incremento de 1,3% no valor da obra, o empreendimento ganhou nível B.
— A economia chega a R$ 230 mil ao ano. Dá para pagar a repintura da fachada do prédio, reduzindo o custo para os moradores — explica o arquiteto da Tecnisa, Otávio Panzarini.
Fique por dentro da etiqueta
O selo Procel para edificações certifica seu nível de eficiência energética, servindo como um critério a mais para o consumidor na hora de alugar ou comprar um imóvel. Quanto mais eficiente, maior a economia na conta de luz. O exemplo abaixo se refere a uma unidade habitacional. A etiqueta também pode avaliar o edifício como um todo ou áreas comuns.
1. Cabeçalho
- Indica o tipo de edificação (unidade habitacional, edifício completo ou área comum)
- Informa a data da avaliação e se foi feita em um projeto ou em uma edificação construída
- Traz as características da edificação (como identificação e localização)
2. Corpo
A letra em destaque é o principal item para o consumidor, porque classifica o nível de eficiência energética da edificação. A escala varia de A (mais eficiente) a E (menos eficiente). A etiqueta também traz a pontuação numérica da avaliação.
3. Sistemas individuais
Classifica o nível de eficiência energética de cada sistema considerado na análise:
Envoltória para o verão: reflete o desempenho térmico da cobertura, das paredes e das janelas, de acordo com o clima local durante a estação. Inclui a análise da cor do revestimento externo, iluminação e ventilação naturais, tamanho e tipos das janelas e se elas possuem sombreamento. Serve como critério para a compra de uma casa de praia, por exemplo: se o sistema apresentar um nível baixo de eficiência, significa que o gasto de energia do imóvel é muito alto durante o verão. Assim, ele não é uma boa opção como casa de praia, frequentada principalmente nesse período.
Aquecimento de água: avalia os sistemas de aquecimento de água (a gás, solar ou elétrico).
Envoltória se refrigerada artificialmente: caso haja refrigeração articicial, reflete seu desempenho.
4. Rodapé
Traz os selos de validação da ENCE, do Procel, do Inmetro e do Organismo de Inspeção Acreditado (OIA) que avaliou a edificação.
Fonte: Jornal Extra



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