quinta-feira, 21 de março de 2013

As plantas certas para cultivar à sombra

A floreira vertical metálica Violet (Shopping Garden, R$ 34,60) exibe belos exemplares de sombra em cachepôs coloridos: jiboia (roxo), renda francesa (verde), samambaia marissa (lilás), minilírio-dapaz (laranja), árvore da felicidade (azul), comigo-ninguém-pode (branco) e samambaia murano (amarelo). Da ABC Garden, cada vaso de alumínio custa R$ 10,90, exceto o maior, no topo, que vale R$ 21,50. Mesinha de madeira (R$ 131,70) e regador (R$ 45,80) do Shopping Garden.

Se é por falta de luz que seu canto verde não vai para a frente, saiba que nem tudo está perdido. O segredo é privilegiar plantas que curtem sombra – sim, elas existem!


Casa sem quintal, apê sem varanda ou área externa em que não bate sol? Nada disso é impedimento para ter folhas e flores por perto. Existem espécies que até preferem se manter longe da insolação direta, e outras que se contentam com uma pequena dose diária. Afinal, já que há gosto para tudo, por que não seria assim também entre os vegetais? “Todos precisam de luz solar para realizar a fotossíntese”, frisa a engenheira agrônoma Angela Cristina Rossi, do Shopping Garden, de São Paulo. Ela explica, porém, que a quantidade necessária varia bastante entre as espécies, classificadas em três grupos: pleno sol, meia-sombra e sombra. Enquanto o primeiro time exige a incidência direta dos raios por um mínimo de quatro horas diárias, o segundo parece seguir os conselhos dos dermatologistas, pois só gosta de se bronzear de manhã ou no fim da tarde, nunca ao meio-dia. A última turma, por sua vez, adora a luminosidade indireta, que pode ser filtrada pela janela. “Seu habitat é, justamente, à sombra das árvores”, explica Angela.


Elas também gostam de água fresca! E de limpeza, adubo e outros paparicos:

- De modo geral, qualquer clima convém ao cultivo das espécies de sombra, contudo, a tendênciaé que brotem e se desenvolvam mais rapidamente em regiões quentes. “A maioria só não tolera o frio extremo”, aponta o paisagista paulista Kenji Sugui.

- Molhá-las diariamente quase nunca é recomendado. “Como não há contato direto com o sol, a terra demora a secar. Consequentemente, as raízes podem ficar encharcadas e acabar apodrecendo”, alerta a paisagista carioca Beatriz de Santiago. A frequência ideal costuma ser de duas regas semanais no verão e uma no inverno. Mas sempre vale recorrer ao truque de tocar a terra: se ela ainda estiver úmida, é sinal de que não precisa de mais água.

- Uma característica comum a essas plantas são as folhas largas e grossas, que, por viverem confinadas, tendem a ficar opacas e empoeiradas. Para limpá-las, use um pano umedecido ou sprays de água e, se quiser deixá-las mais vistosas, recorra a produtos específicos, como o Brilha Folha, da Dimy (Toca do Verde, R$ 4,90). Aplicada a cada 15 dias, a substância à base de óleos minerais e silicone nutre a superfície foliar e previne pragas, como a cochonilha. Retire as folhas secas e amarelas sempre que aparecerem.

- O solo adequado é bem drenado e rico em matéria orgânica. “Adube-o com húmus de minhoca e bokashi [fertilizante composto de farelos orgânicos] a cada quatro meses”, aconselha Angela. Outra opção é intercalar esses compostos com o NPK 10-10-10. “Só não faça exclusivamente a adubação química: apesar de logo deixar a planta com aparência bonita, tal técnica não nutre a terra corretamente”, completa a especialista.

Pacová: também conhecido como babosa-de-pau ou babosa-de-árvore, o pacová tem folhas verde-escuras brilhantes e pode alcançar 1 m de altura. É uma das plantas que melhor se adaptam a ambientes com ar condicionado e não requer rega nem adubação muito frequente. O único alerta vale para todas as integrantes desta seleção: sol em excesso, diretamente sobre as folhas, pode queimá-las.

Espada-de-São-Jorge: de acordo com a tradição popular, quando colocada perto da porta de entrada, a espada-de-são-jorge protege a casa da inveja e do mau-olhado. Há, ainda, a crença de que a versão com folhas de bordas amarelas atrai prosperidade. Fácil de cuidar, resiste não apenas à sombra e à meia-sombra como também ao sol pleno. Não possui caule e mede de 70 cm a 90 cm.

Antúrio: o antúrio é famoso por suas folhas em formato de coração e pelas flores coloridas – tradicionalmente vermelhas, mas também encontradas em rosa, amarelo, branco e, até, preto ou verde. Devido a modificações genéticas, seu tamanho pode variar de menos de 20 cm a mais de 1,50 m. Friorenta, é uma espécie que apresenta sinais de sensibilidade quando o termômetro marca abaixo dos 12 ºC.

Lírio-da-paz: bandeira-branca e espatifilo são outros nomes do popular lírio-da-paz, que figura em inúmeros projetos de decoração e, de acordo com o feng shui, simboliza união e harmonia. No verão, esta planta encontra sua estação preferida: é a época em que mais cresce e floresce. A estatura média fica entre 40 cm e 60 cm, mas há uma variedade em miniatura, com cerca de 20 cm de altura.
Dracena pau-d'água: espécie arbustiva de folhas longas, a dracena pau-d’água é volumosa e alta, chegando a impressionantes 6 m de altura. Esporadicamente, dá pequenas flores brancas, que, embora não tenham importância ornamental, são perfumadas. A planta, resistente, suporta um pouco de insolação direta, porém se desenvolve melhor se cultivada em áreas sombreadas.
Lírio-do-Amazonas: graças a suas flores brancas suavemente perfumadas e em formato de estrela, o lírio-do-amazonas também atende por estrela-d’alva, estrela-da-anunciação ou estrela-de-belém. Geralmente, a florada ocorre três vezes ao ano, podendo ser estimulada com adubação orgânica adequada e farinha de osso. A altura da planta vai de 70 cm a 1 m, e suas folhas exibem coloração verde-escura.
Bromélia Gusmânia: assim como os demais membros da família das bromélias, a gusmânia aprecia temperatura e umidade elevadas. É por isso que sua flor vermelha, de estilo exótico e vistoso, costuma despontar no verão – e, perene, dura mais de um ano. As folhas, por sua vez, são verde-claras, longas e grossas, sem nervuras. Um exemplar adulto mede aproximadamente 30 cm.
Maranta: diversos tons de verde, do claríssimo ao mais fechado, se combinam na folhagem da maranta, criando um padrão do tipo espinha de peixe. Com estatura média de 60 cm, é utilizada não só na decoração de interiores mas também como forração junto a muros. Pede solo bastante enriquecido com matéria orgânica e adora o clima quente e úmido.


Publicado no Casa.com.br

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