terça-feira, 31 de janeiro de 2012

FGV estima crescimento de 5% para o setor de construção em 2012


Expectativa de retomada dos investimentos do governo e de aumento no ritmo do 'Minha Casa, Minha Vida' devem impulsionar segmento.



O setor da construção deve voltar a acelerar em 2012, crescendo entre 5% e 5,2%, segundo previsão da Fundação Getulio Vargas (FGV). A instituição estima que o setor, representante de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, tenha se expandido 4,8% em 2011.

"A expectativa de retomada dos investimentos do governo e de aumento no ritmo do programa Minha Casa, Minha Vida devem impulsionar a construção neste ano", diz Ana Maria Castelo, coordenadora de Estudos de Construção Civil do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV. Além disso, Ana lembra que a aproximação da Copa do Mundo de 2014 reforça a necessidade de obras de mobilidade urbana.

"E ainda temos as eleições neste ano, que sempre estimulam obras", reforça. Outra questão destacada por ela que também beneficia o setor é a melhora no mercado de trabalho. "O aumento do emprego e da renda tendem a estimular o crédito habitacional", observa, acrescentando que como não é esperado um revés no mercado de trabalho, os financiamentos imobiliários devem continuar crescendo.

Apesar de todos esses fatores de estímulo, a coordenadora da FGV lembra que o desempenho da construção está intimamente ligado à sua capacidade de quebrar as barreiras que já limitam a expansão. "O setor tem fôlego para manter um ritmo de crescimento de 5% ao ano, mas tudo depende de se resolver os entraves aos negócios", afirma.

O levantamento da FGV mostra que a escassez de mão de obra qualificada é a maior limitação às operações de construção, seguida pela competição no próprio setor. No trimestre encerrado em dezembro, o otimismo dos empresários do setor apresentou o menor recuo desde setembro, ao baixar 9,9% na comparação com o último trimestre de 2010.

O resultado, na avaliação de Ana, já esboça uma tendência de retomada do setor. "Não é de se espantar que a construção civil esteja crescendo menos que em 2010, já que a base de comparação é muito alta. Seria impossível uma repetição do desempenho daquele ano, até por uma questão de recursos físicos e financeiros", afirma.

Publicado no Valor Online
Por: Francine De Lorenzo

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